As transmissões ao vivo já eram comuns há bastante tempo, mas com o isolamento social provocado pela pandemia do coronavírus, as lives explodiram de uma forma nunca vista. Essa ferramenta se tornou uma válvula de escape para muitas personalidades e empresas, uma maneira de manter o mínimo de normalidade e entrega de conteúdos ao público.
O que era para ser apenas uma alternativa se transformou em um novo modo de entreter, divertir e trabalhar. Desde o início da quarentena muitos artistas encontraram nas lives uma forma manter as agendas de shows que foram cancelados com o intuito de evitar contaminações. A cantora Marília Mendonça é um exemplo disso, ela fez uma apresentação ao vivo de mais de três horas pelo Youtube.
Marília transformou a sala de sua casa em um palco e cantou para cerca de 3,3 milhões de expectadores simultâneos. A dupla Jorge e Mateus e o cantor Gustavo Lima também estão entre os artistas que fizeram shows de suas residências.
O interessante é que com a popularidade dessa nova maneira de contato com o público, as empresas começaram a investir em patrocínios. Esse foi caso da Havaianas e da Riachuelo, que marcaram presença na live da dona do hit “Infiel” e bateram recorde de vendas. Também não foi diferente com os outros cantores que tiveram o apoio de grandes marcas, como a Brahma, por exemplo.
De acordo com a Revista Exame as buscas por transmissões ao vivo aumentaram cerca de 4,900% no Youtube. Ainda segundo a revista, não só os conteúdos educativos e de entretenimento aderiram, muitas empresas estão se reinventando e utilizando essa ferramenta para produzir conteúdos que atraiam ainda mais as pessoas.
O Instagram também é outra plataforma onde os vídeos ao vivo ganharam destaque. Lá muitos influenciadores digitais, de segmentos como moda, beleza e vida fitness, desenvolveram programações para interagir com seus seguidores, uma receita que está dando certo. Para quem acompanha esses conteúdos, é como se as lives tivessem o poder de aproximar as pessoas, o que é algo recompensador em um período pandêmico.
Com base em uma pesquisa feita exclusivamente para a CNN Business Brasil, as lives vieram para ficar e 76% dos telespectadores que as acompanham, querem que continuem mesmo com o fim da quarentena. A CNN ainda ressaltou que essas transmissões acenderam uma luz no setor de marketing de muitas corporações, mostrando que as redes sociais podem ser ferramentas poderosas para atrair engajamento dos consumidores em diferentes setores e áreas de atuação.
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