De acordo com um levantamento sobre cibersegurança, 16 mil credenciais de funcionários de órgãos públicos federais, estaduais e municipais estiveram expostas na internet. O que significa que os servidores usaram o login e senha corporativos em sites e acabaram tendo os dados expostos ou por vazamento direto do próprio órgão público.
A informação é da Axur, referência em monitoramento, detecção e derrubada de riscos digitais na internet no Brasil. O relatório dado corresponde ao período de julho a setembro de 2021 e com isso, constatou que, ao todo, houve 2,03 milhões de dados expostos no país.
O número representa uma queda de 99,56% em comparação ao segundo trimestre de 2021, que foi quando houve o vazamento de 465,5 milhões de registros. Em relação ao vazamento de credenciais governamentais, a queda foi de 95,97%.
Já no segundo trimestre, foram 160.478 senhas e logins expostos. Porém, o relatório não informa os órgãos públicos que tiveram os dados vazados por “questão de segurança e confidencialidade”, pois “são todos de pessoas físicas que trabalham nesses lugares”.
Para Eduardo Shultze, líder de inteligência em ameaças da Axur, o relatório não significa que o órgão público é inseguro: “O problema é que as pessoas usam contas de e-mail corporativas para se cadastrar em diversos sites. Por exemplo, um funcionário acessa um site de venda de sapatos e se cadastra com seu e-mail corporativo, caso ocorra um ataque ou vazamento contra esse site, esse dado será vazado, não significando necessariamente que o órgão possui uma fragilidade ou foi propriamente invadido.”
Já em relação a credenciais de funcionários de empresas privadas, ocorreu uma queda de 70% no vazamento em relação ao segundo trimestre. Isso porque entre julho e setembro, foram registrados 148 mil credenciais expostas.
Ao todo, 1.309.003 (94,2%) estavam na data de validade no momento da detecção e os dados colocaram o Brasil em primeiro no ranking mundial de vazamentos de cartões de crédito e débito no terceiro trimestre, sendo responsável por 22,1% de todas as exposições, o que correspondeu a 299 mil. Depois, Índia (16,9%) e Estados Unidos (11,1%), México (7%), Austrália (6,2%) e África do Sul (5,1%) completam o “top 5”.
Fonte: Olhar Digital
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